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"Nos tempos da escravidão, o terreno onde estava o edifício, era um pelourinho, onde se aplicavam castigos aos escravos.... Após a abolição, muitas pessoas evitavam passar perto daquele local, em virtude das vozes e gritos por clemência que eram ouvidos..."O Edifício Joelma de 25 andares foi um dos prédios mais importantes do centro de São Paulo no Brasil. Em uma manhã de 1 de Fevereiro do ano de 1974 Sexta-feira por volta das 08:50, o edifício sofreu um incêndio que durou por mais de quatro horas resultando na morte de 189 pessoas e cerca de 345 feridos.
Por volta das 08:50 um funcionário ouviu um ruído de vidro rompendo, proveniente de um dos escritórios do 12º andar. Foi até lá para verificar e constatou que um aparelho de ar condicionado estava queimando. Foi correndo até o quadro de luz daquele piso para desligar a energia; mas ao voltar encontrou fogo seguindo pela fiação exposta ao longo da parede. As cortinas se incendiaram e o incêndio começou a se propagar pelas placas combustíveis do forro. Correu para apanhar o extintor portátil, mas ao chegar não conseguiu mais adentrar à sala, devido à intensa fumaça. Subiu as escadas até o 13º andar, alertou os ocupantes e ao tentar voltar ao 12º pavimento, encontrou densa fumaça e muito calor. A partir daí o incêndio, sem controle algum, tomou todo o prédio. Foram feitas várias corridas de elevadores até que a atmosfera permitisse, salvando muitas pessoas; porém uma ascensorista na tentativa de salvar mais vidas, após as condições ficarem muito ruins, morreu no 20º andar.
O Edifício Joelma foi então recuperado e renomeado para Condomínio Edifício Praça da Bandeira, mas continua a ser assombrado pelos fantasmas das pessoas que morreram naquele fatídico dia.
Uma das tragédias desse incêndio que mais impressionou, foi o fato de treze pessoas tentaram escapar por um elevador, não conseguindo, e morrendo carbonizados em seu interior, sendo que devido ao estado dos cadáveres, os corpos não foram identificados, pois naquela época ainda não existia a análise de DNA, sendo então enterrados lado a lado no Cemitério São Pedro.
Os corpos deram origem ao mistério das Treze Almas, e a elas são atribuídos milagres, ficando conhecidas como as 13 Almas não identificadas. Muitos acreditam que os espíritos das pessoas mortas no incêndio vagueiam pelo prédio até os dias de hoje. O local atrai centenas de curiosos, principalmente às segundas-feiras, dia das almas. Ao lado da sepultura, existe hoje uma capela. "Contam alguns visitantes que em certos momentos ouvem sons de pessoas chorando, e quando vão verificar de onde vem, descobrem que o som está sainda da tumba dos 13 corpos vítimas do incêndio, sendo que o som dos choros só para quando colocam água sobre a sepultura". Esse é mais um dos mistérios que rondam o incidente do Edifício Joelma.
Mas antes dessa tragédia, e da lenda das Treze almas já constava no entanto que o local é carregado de uma energia espiritual sinistra já antes do edifício Joelma ter sido ser construído em 1972...
Agora você pergunta: Seria o Caso do Edifício Joelma uma tragédia horrível, ou uma maldição?
Contam-se que bem passado, perto de 1850, aquele local era um pelourinho. Funcionava ali perto um mercado de escravos, mas os desobedientes eram levados ali, para o castigo, e lógico, muitos não aguentavam e acabavam morrendo no local. Após a abolição da escravatura em 1888 as pessoas evitavam de passar pelo local, pois diziam que o local era mal assombrado, e ainda ouviam os gritos e pedidos de clemência que era ouvido dos escravos.
E continuou assim até 1948, quando a fama do lugar se passou...
Em 1948 existiu uma casa onde aconteceu um assassinato que viria a ser conhecido como "crime do poço" e nessa casa morava com a sua mãe Benedita e as irmãs Cordélia e Maria Antonieta um professor de química orgânica chamado Paulo Camargo.
Paulo assassinou a tiro a mãe e as irmãs, lançando seguidamente os seus corpos a um poço que este mandara construir no quintal da casa, depois Paulo, já acompanhado pela polícia pediu para ir ao banheiro, aonde se suicidou com um tiro no peito.
A polícia considerou duas hipóteses para o assassinato: A primeira seria que a família não aceitava a sua namorada, que era empregada doméstica, e estava grávida, entrando em desgosto da mãe e das irmãs. A segunda é que Paulo teria matado a sua família porque estes sofriam de uma doença degenerativa (espécie de uma hanseníase ou lepra) e Paulo não queria ter que cuidar delas. A verdade é que o mistério de tamanha atrocidade nunca foi desvendado, mas a polícia sabe que o poço no fundo da casa, foi mesmo construído para o fim de cometer esse crime.
Os corpos forma resgatados do poço pelo corpo de bombeiros, só que um dos bombeiros viria também ele a ser vítima da maldição e morreu pouco tempo depois vítima de infecção cadavérica. Este caso abanou a população de São Paulo e ficou gravado na história como o caso do "Crime do Poço". Logo depois o lugar ganhou fama novamente de estar assombrado.
A casa viria a ser demolida, e o poço fechado anos mais tarde e em 1972, era inaugurado o Edifício Joelma, um prédio moderno de 25 andares construído exatamente por cima do mesmo terreno onde se situava a casa do "Crime do Poço". Devido ao crime que ali se dera, a numeração da rua foi modificada, mas a maldição permaneceu.
Quase dois anos depois de sua construção, o edifico era avassalado por um terrível incêndio causado por um curto-circuito no sistema de ar condicionado no 12º andar. Em pânico e sem terem para onde fugir, as pessoas começaram a dirigir-se aos andares superiores. À medida que a temperatura aumentava vertiginosamente as pessoas suicidavam-se atirando-se do alto do edifício para fugir ao calor, 40 ao todo soube-se mais tarde.
No combate às chamas, muita coisa falhou: faltou água nos carros do Corpo de Bombeiros; a escada extensível chegava apenas aos andares do meio; o edifício não tinha heliporto e as suas telhas de amianto suportadas por vigas de madeira fraca impediram os helicópteros de pousar.
Apesar de toda estrutura do prédio ser incombustível, todo o material de compartimentação e acabamento não era e não havia qualquer sistema de segurança contra incêndios, por isso o fogo rapidamente se propagou e ficou fora de controle.
A maioria das pessoas que conseguiram chegar ao telhado conseguiu salvar-se pois abrigaram-se com as telhas de cimento amianto, as que não fizeram isso morreram sob os efeitos do intenso calor e fumaça.
Apesar de não recomendado, grande parte das 422 pessoas que se salvaram, escaparam pelos elevadores que conseguiram fazer descidas expressas pela habilidade dos ascensoristas e graças à demora do sistema eléctrico dos elevadores ser afetado pelas chamas.
No entanto as últimas treze pessoas que usaram o elevador para tentaram fugir aquele inferno foram encontradas carbonizados dentro do mesmo. Esses corpos nunca foram identificados sendo depois enterrados lado a lado no cemitério de São Paulo. Ainda hoje os fiéis quando vão ao cemitério costumam deitar água com um regador na campa dos treze. Segundo eles, como as vítimas morreram queimadas necessitam de água.
Cinco anos depois, foi realizado um filme baseado na tragédia do Edifício Joelma, mas mesmo durante as filmagens ocorreram vários fenómenos misteriosos.
Parte do enredo do filme falava da professora Volquimar Carvalho dos Santos, 21 anos, trabalhava no setor de processamento de dados de um banco que funcionava no 23º andar do Edifico Joelma. Ela era funcionária da empresa havia um ano e meio. O irmão dela, Álvaro, trabalhava no 10º andar do mesmo prédio. A família de Volquimar é espírita. Ao ser dado o aviso de incêndio, Volquimar e outras quatro companheiras tentaram fugir pela escada, mas quase foram atropeladas pelos funcionários desesperados que tentavam se salvar.
Elas correram para a cobertura do prédio, mas acabaram morrendo por asfixia. Álvaro, irmão de Volquimar, sobreviveu ao incêndio. Álvaro localizou o corpo da irmã no IML horas depois do incêndio ter terminado. Meses depois, Volquimar enviou uma mensagem psicografada para a mãe através do médium Chico Xavier. Na mensagem ela contava como tinha sido os seus últimos minutos de vida.
Em 1979, a história de Volquimar se transformou no filme “Joelma, 23º andar”. O roteiro é baseado nas cartas psicografadas por Chico Xavier que estão no livro “Somos Seis”.
Fatos estranhos ocorreram durante as filmagens, como ruidos estranhos no local onde não havia ninguém, refletores que eram "derrubados" embora estivessem bem fixados, sendo um dos fatos mais incríveis, foi a imagem de uma "pessoa" que não estava nas filmagens ao lado dos personagens em uma das cenas, indicando nitidamente ser um dos possíveis "Fantasmas do Edifício Joelma".
Mesmo recuperado e com novo nome, os fantasmas continuam a vaguear pelo edifico nos dias de hoje e a tentativa das pessoas de se livrarem das assombrações tem sido em vão.
Fonte: Leitura Creepy.
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