A fotografia em tela mostra Ted se defendendo em um dos seus julgamentos. Segundo as autoridades, ao menos 35 jovens foram mortas. Por sua vez, o próprio serial killer não soube informar, mas tal número seria maior — Bundy não sabia exatamente quantas morreram sob o crivo de suas perversões macabras. Isso nunca importou para ele. Seu rastro de sangue teria sido derramado por pelos menos seis estados norte-americanos.
Os psiquiatras que estudaram Ted Bundy disseram que se tratava de um caso raro, especial. Ted parecia reunir diversas facetas de outros assassinos em série sobre si. Há suspeitas de que já fosse um assassino aos 15 anos de idade. “Conta-se também que quando Ted tinha 3 anos, uma tia sua, ao acordar, percebeu que ele estava a seu lado manipulando facas”.
“Nós, serial killers, somos seus filhos, nós somos seus maridos, nós estamos em toda a parte. E haverá mais de suas crianças mortas no dia de amanhã.” Ted Bundy.
Bundy teve uma infância conturbada. Foi fruto de um relacionamento fora do casamento, fizeram-no acreditar que seus avós maternos eram seus pais e que sua mãe seria irmã. O pequeno Ted nunca conheceu seu pai verdadeiro e seu suposto pai, avô na verdade, era definido como um homem violento, cruel.
Em 1967, aos 21 anos, Ted se apaixonou pela bela Leslie Holland. O namoro findou um anos depois porque Leslie não via futuro ao seu lado. Achava que lhe faltavam perspectivas… Ted teria passado algum tempo “deprimido”. Sozinho com seus demônios, mudou drasticamente: liberou seu lado perverso, vestiu sua terrível máscara. Dedicou-se aos estudos de psicologia, cursando Direito em seguida e foi definido como um brilhante aluno. Namorou outra mulher por cinco anos e tudo parecia correr bem.
“Ted levava uma vida aparente de homem ‘do bem’. Perseguiu um batedor de carteiras. Recebeu uma medalha por salvar um garoto de 3 anos que se afogava em um lago. Começou a se envolver mais com a política. E prestava assistência, como voluntário, em um serviço telefônico de ajuda emocional a pessoas em crise.” (CÉSAR, 2013, s/p)
Tudo se tratava de um disfarce, sua máscara vestida para ocultar o monstro que era. Ted se encontrava sem freio e iniciou seus crimes arrebatado por um insaciável e arrasador instinto assassino. Parecia estar drogado por sua obsessão. “Segundo Ted, a melhor forma de desfrutar do sexo era algemar uma mulher atraente, aterrorizá-la, deixando bem claro que ela iria morrer. Bundy também profanava corpos em decomposição.”
Ted era obcecado por jovens mulheres de cabelos longos e divididos ao meio, como sua primeira namorada, Leslie. As morenas eram as suas vítimas preferidas. Ted se aproximava de suas presas com artifícios envolventes e costumava abatê-las com instrumentos contundentes, sequestrando-as para desfrutar de seu sofrimento em local reservado. Eram algemadas, torturadas, estupradas e mortas. Apreciava morder suas vítimas, mutilá-las e cometer necrofilia. Também costumava retornar ao local dos crimes para relembrar o sabor da experiência.
Fora preso duas vezes fugindo ambas às vezes. Foi preso definitivamente no Estado da Flórida. Perícias comprovaram que sua arcada dentária batia com as de uma vítima sobrevivente. Dispensando seus advogados (financiados pelos amigos que acreditavam na sua inocência), quis se defender e, segundo os relatos, deu um show no tribunal acabando por ser elogiado pelo próprio juiz. No entanto, os jurados não precisaram mais do que quinze minutos para deliberar sobre seu destino: morte na cadeira elétrica.
Ted Bundy detido e escoltado por autoridades. Bundy Nunca se arrependeu de seus crimes. Enxergava-se como um predador nato: “Não, eu não tive nenhuma misericórdia por nenhuma delas, também não sinto nenhum remorso…”
No dia 24 de janeiro de 1989, com quase 43 anos, Ted sentou na cadeira elétrica (ironicamente ligada por uma mulher). Cerca de 500 pessoas do lado de fora do presídio aguardavam a execução do facínora com faixas e fogos de artifícios. Morto, seu corpo foi cremado. Ted nunca se arrependeu e dizia que suas vítimas se tratavam de meros objetos, como “uma planta em um vaso, uma pintura ou um Porsche”.
O terrível Ted Bundy destruiu a vida de dezenas de famílias norte-americanas ao assassinar jovens na flor da idade. As idades giravam entorno dos 19 anos, tendo também uma criança de apenas 12 anos — esta pela qual sofreu sua primeira condenação à pena capital.
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