5 de jul. de 2014
- Malditos Pesadelos -
Eu estava em uma sala fechada sentado em uma cadeira olhando para uma pequena piscina que havia em minha frente, semelhantes aquelas piscina de 1000l que todo mundo possuía quando criança, eu tentava me levantar da cadeira, mas parecia que algo me prendia a ela, isso durou pelo menos dois minutos e então finalmente me levantei, já em pé comecei a me direcionar para frente de um espelho, o estranho que mesmo eu andando parecia que eu não me movia era como estar observando o sonho de outra pessoa, quando cheguei frente a um espelho levei um pequeno susto, pois a imagem que estava sendo refletida no espelho não era minha e sim de um amigo meu, nesta parte então percebi que estava realmente em um sonho, eu podia sentir o suor correndo pelo meu corpo e a aflição era muito grande, mas eu não conseguia acordar, ao me dar conta do que estava acontecendo, o corpo do meu amigo começou a correr em direção a piscina e quando chegou aos pés da piscina levemente abriu os braços e se jogou na água, esta parte do sonho foi com certeza a mais apavorante, alem de não conseguir acordar agora eu não podia respirar e como eu não tinha controle sobre o corpo ele permaneceu em baixo da água até quase seu ultimo fôlego, e finalmente eu acordei, respirei fundo, pode-se ouvir eu respirando no quarto dos meus pais, preocupada minha mãe correu até meu quarto e perguntou o que estava acontecendo, falei que era apenas um pesadelo e que não precisava ela se preocupar, mas eu sabia que aquilo não foi apenas um pesadelo e sim o pesadelo mais horrível que eu já tive na vida, sem pode dormir levantei e fui tomar um café, já estava quase amanhecendo o relógio marcava exatamente cinco e meia da manhã, foi o horário que o telefone tocou, atendi rapidamente para que o barulho não acordasse meus pais e nem minha irmã mais nova, ao atender fiquei surpreso, a voz era da mãe do meu amigo que eu acabara de ter um pesadelo, então ela começou a falar, “Kauan aqui é mãe do “Rodolfo e só liguei para avisar que ele foi internado essa manhã aqui no hospital perto de casa”.
Sem me dar mais explicações desligou o telefone. Corri para o hospital para ver o que havia acontecido, quando chego à recepção tenho uma surpresa ainda maior, Rodolfo tinha acabado de morrer por asfixia.
Eu estava muito chocado para comparecer ao velório então fiquei em casa, fui dopado para conseguir dormir, pois eu estava muito abalado e ficaria mais abalado ainda pelo o que estava por vir, após algumas horas dormindo eu estava de volta em mais um pesadelo semelhante ao da noite passada só que dessa vez eu estava em um deserto e eu estava no corpo do Pablo, outro amigo meu que mora a umas três casas da minha, dessa vez eu estava com litro de água na mão e estava a caminhar pelo deserto, então comecei a abrir a garrafa d’água, para matar a sede que era muito grande, mas quanto mais água eu tomava mais sede eu sentia, dessa vez meu esforço foi maior para acordar, obtive sucesso assim que levantei corri imediatamente para a casa do Pablo, chegando lá ele estava se debatendo na cama então dei um grito chamando pelo seu nome e o sacudindo, ele acordou muito assustado e estava desidratado, eu sabia que se eu o levasse para o hospital ele iria dormir novamente e algo ruim aconteceria para ele, Pablo morava sozinho, resolvi cuidar dele ali mesmo, pedi para que ele não dormisse mais, ele apenas balançou a cabeça afirmando que não iria dormir, pois ele não conseguia falar.
Cinco horas se passaram e ele já estava muito melhor e também conseguia falar, então me perguntou “O que aconteceu”? “Eu estava dormindo e comecei a sentir muita sede e não conseguia acordar, achei que eu iria morrer”. Expliquei que o mesmo tinha acontecido com o Rodolfo e que nos precisávamos encontrar uma solução para aquilo, fomos à uma biblioteca pesquisar sobre o ocorrido, nossa cidade era pequena e não havia sinal de internet lá, após ler alguns livros descobri que se tratava de uma criatura que vive no meio dos humanos há muito tempo atrás, ela se alimenta da essência de vida das pessoas através dos pesadelos, a criatura chama-se “IUCUNDUS” ela é imortal e só pode ser vista nos sonhos, todos os pesadelos que as pessoas têm é obra desta criatura e aqueles que são fracos acabam não resistindo e morrem, ela pode se alimentar até de duas vitimas de uma vez só entrando no sonho de apenas um, com a exceção de que as duas vitimas tenham algum tipo ligação, uma vez que a criatura tenha sugado um ser fraco ela permanecera atormentando-o até ele não resistir mais, a única maneira de se livrar dela é permanecer acordado até que a criatura desista.
Permanecemos três dias acordados, mas ainda sentíamos a presença da criatura, fazíamos de tudo para não dormir, já tinha perdido a conta de quantos litros de café nós tínhamos tomado.
Ao completar o quarto dia, senti que neste dia a criatura iria desistir, mas o cansaço era muito grande eu mal conseguia fazer mais café direito, por ficar muito tempo acordado eu estava perdendo os sentidos, eu já estava quase desistindo de tudo, mas não era só minha vida que estava correndo perigo, se eu dormisse Pablo sofreria as consequências junto comigo, pois era eu quem tinha pesadelos sobre ele, ao perceber que o café havia acabo fui para a cozinha fazer mais café coloquei a água para esquentar e voltei para falar com o Pablo, assim que cheguei à sala de estar vi ele deitado no chão entrando em convulsão, ele tinha cochilando por cerca de 10 segundos, foi o suficiente para que a criatura o mate-se, não consegui fazer nada para ajuda-lo a única coisa que fiz foi chamar o pronto socorro esperando que eles fizessem alguma coisa para reanima-lo, o que foi em vão. Eu não aguentava mais, minha cabeça estava a ponto de estourar eu não conseguia mais me manter acordado. Fui para minha casa e me deitei aceitando que aquilo era o fim.
Ao meio dia escutei uma voz, era meu pai me chamando para almoçar, ao levantar da cama me senti muito aliviado, tive uma ótima noite de sono, estava muito feliz, porque aquilo tudo tinha acabado, eu não precisava mais ficar acordado durante dias e não perderia mais nenhum amigo. Desci as escadas do meu quarto lavei meu rosto e me sentei a mesa para almoçar, foi minha irmã falou “Kauan está noite tive um pesadelo muito terrível,sonhei que eu estava em seu corpo...”.
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