Isso não é nada, é apenas uma sala de armazenamento, nada a temer, mas é tão escuro! Você está hesitante em descer as escadas, mas você dá um passo para baixo, e a escada range alto, o suficiente para acordar até os mortos. Você continua descendo até o porão. Uma janela suja, ao lado da escada, tenta iluminar o ambiente, mas a escuridão neste porão é tão espessa, que a luz não consegue penetrar. Você procura por um interruptor, e eventualmente encontra uma corda ligada à luz de teto, e você á puxa e... Nada acontece, a sala permanece obscurecida por uma noite artificial.
Você anda no escuro por alguns minutos e quando seus olhos se adaptam ao escuro você encontra uma casa de bonecas antigas apoiada em uma mesa. E ao abri-la você vê que é assustadoramente realista: há papel de parede florido, nas paredes do quarto principal, um refrigerador de abertura lateral, na cozinha que contem comida em miniatura, e também há mantas de pano minúsculas em todas as camas. Há ainda bonecas de porcelana com rostos realistas. Você logo percebe que as bonecas são você e sua mãe, e que a casa de bonecas é uma réplica exata de sua casa.
Você vê uma aranha, pequena e peluda, que esta na borda da casa, e você á esmaga com a mão, mas em seguida aparecem mais aranhas. Você pega uma lata de veneno em spray numa prateleira próxima, e espirra até que todas as aranhas murcham e morrem.
De repente, uma boneca cai e sua porcelana se racha, fazendo um crék. É então que você nota o ar, que se tornou muito mais espesso, e você não consegue respirar. Você corre de volta para o topo da escadas, ofegante, mas a porta está misteriosamente trancada. Você bate na porta frenéticamente, mas não adianta. Você limpa o suor de seu rosto, que passa a ser misturar com sangue que escorre de seu nariz e ouvidos. Você sente-se cada vez mais cansado, e então tonto. Finalmente em choque, você cai da escada como uma boneca de pano.
Você lentamente abrir os olhos e encontra luzes acesas. Você pisca algumas vezes, e sim, as luzes ainda estão, brilhando intensamente. Você move seus membros doloridos e tenta ficar em pé. É preciso esforço, mas você consegue. Você olha para a casa de bonecas, mas as bonecas desapareceram.
Como!?
Mas ainda mais intrigante é a caixa de madeira encostada na parede á esquerda. Você provisoriamente chega mais perto, tremendo de frio, cada segundo sua respiração fica mais difícil, e você chega perto o bastante para perceber que a caixa é um caixão. Um caixão de madeira grande, gravado com letras de ouro, o sobrenome de sua mãe. A curiosidade toma conta de você, então empurra a tampa, e encontra o caixão vazio. De repente, ouve-se uma voz feminina vinda de atrás de você:
Você se vira e vê sua mãe, com a pele branca pálida e lábios azuis, mas isso não é o que você nota primeiro. Há uma série de rachaduras em seu rosto, com sangue pingando das linhas irregulares. Seus olhos cinzentos piscam numa fração de segundo, nisso ela abre
A última coisa que você ouve é o som de um martelo, batendo os pregos em seu caixão.
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